Terapia Online
A psicoterapia online tornou-se uma criação afirmativa das conexões humanas sem a demanda da presença física; a conexão invisível a olho nu, ativa e sentida, é a força motriz do processo de transmutação da própria realidade.
Atuando de forma online desde o final de 2018, vou tecendo junto ao paciente, formas de despertar esse processo, (im)possibilidades de vida e de linhas compositoras de novos jeitos de tá no mundo.
A experiência clínica me levou a cuidar de pessoas que sofrem com as psicopatologias desde à graduação, como ansiedade generalizada, depressão, transtorno bipolar, transtorno de estresse pós-traumático, transtorno borderline, entre outros, que mesmo sem um diagnóstico psiquiátrico, fazem essas pessoas perceberem e sentirem a si e ao mundo sob o ponto de vista do sofrimento.
Sinto que há algo nesta área que me convoca como psicoterapeuta para o cuidado e transformação dos estados psíquicos.
Para um mesmo horizonte, podemos ter várias perspectivas e isso nos leva a vários caminhos. Essa é a minha proposta como terapeuta: Caminharmos juntos, cartografando afetos, e criando novas trilhas para uma vida que pode vir-a-ser, uma vida outra: sua.
Quem é a Psi?
Meu nome é Vitória Mércia
Atuo como psicóloga clínica há mais de seis anos, e sou formada em Psicologia pela UFG (Universidade Federal de Goiás) com mestrado em Filosofia pela UFU (Universidade Federal de Uberlândia). Além das principais formações acadêmicas, tenho curso de capacitação em A.T. (Acompanhamento Terapêutico) (2015), duas Imersões em Esquizodrama (2021) e curso online em Esquizoanálise Cartografias Klínicas, pelo Instituto Gregório Baremblitt (2023). Pela perspectiva da Psicologia Social e da Esquizoanálise, pesquiso e acolho pessoas com transtornos mentais, já que o tema do sofrimento psíquico e a loucura tem feito parte dos temas de interesse de atuação desde a passagem pelo estágio em CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) ainda na graduação. Acredito numa clínica viva, que utiliza tecnologias, recursos artísticos e filosóficos, não só para o cuidado de sintomas e sofrimentos, mas a criação de novas possibilidades de existência e de formas de vidas rizomáticas, potentes, transmutadas e revolucionárias.
Esquizo... o quê?
Análise. Foi assim...
Em 1972, Gilles Deleuze, Filósofo, e Félix Guattari, Psicanalista, lançam as obras O Anti-Édipo e Mil Platôs, marcando o desenvolvimento da Esquizoanálise.
O primeiro, contribuiu com uma obra riquíssima centrada no pós-estruturalismo e na filosofia da diferença; o segundo, psiquiatra, biólogo, roteirista e revolucionário. A contribuição entre ambos criou obras que propunham não só uma crítica ao modelo de inconsciente freudiano, saindo de um modelo teatral-familiar para um modelo de usina de produção de energia, como a revisão e reinvenção da compreensão de desejo, não mais como falta mas como força motriz de criação da realidade.
A questão central para os autores, e para nós, psicólogos que atuamos com a Esquizoanálise, é questionar os modos de vida atuais que estão alinhados ao sistema econômico, ou seja, somos ensinados a sonhar e desejar coisas e situações que por fim podem nos causar ainda mais sofrimento e adoecimento mental, físico e social. Questionar esses desejos pode iniciar um processo de busca por uma nova saúde.
A (o) esquizo-analista não está ali para interpretar, mas para te escutar e experenciar nesse encontro com você, à partir das interferências nesse percurso, sobre as repetições que forem surgindo, sobre os funcionamentos das suas relações, sobre os entraves e as intensidades das suas histórias, e podem assim potencializar as suas mudanças, os seus agenciamentos do seu desejo, e não mais sob uma ordem exterior, e a composição de uma realidade alegre, de uma boa saúde mental, mesmo quando tudo vai mal (como já diria Deleuze, em Crítica e Clínica, 1993).
